Na manhã desta sexta-feira (03), a Secretaria Municipal de Saúde (SESA) marcou presença no “SIMPÓSIO SAÚDE MENTAL – Crises e Intensificação de Cuidados (IC), que aconteceu no auditório da Unime, no Centro. A Prefeitura reforçou que o tratamento oferecido pela rede é realizado com muita responsabilidade, tratando a saúde mental dos munícipes que necessitam da assistência humanizada.
O objetivo do simpósio foi evidenciar a superação do modelo hospitalocêntrico no enfrentamento das situações de crise dos sujeitos em sofrimento psíquico. A situação é tratada a partir do comportamento de uma pessoa que seja impedida de cuidar de si mesma ou coloque em risco de ferir a si ou outras pessoas e/ou reduza a sua capacidade doméstica e laborativa.
Representando a SESA, Jandinir Campos, Superintendente em Atenção Especializada, falou da importância do evento e explicou como funciona o atendimento e serviços na rede em Lauro de Freitas. “Conseguimos elucidar para muitos usuários como a rede psíquico social está organizada no município. São equipamentos importantes como o CAPS Álcool e Drogas, o CAPS Infantil, o CAPS II, assim como temos usuários no CEAS. No Complexo de Saúde temos um ambulatório de psiquiatria”, disse Jandinir.
A superintendente pontuou o quanto é importante fortalecer a atenção na política pública. “Além de falar sobre nossa abordagem, além da oferta de saúde, tivemos a oportunidade de falar sobre a necessidade de sensibilização dos nossos profissionais na nossa rede de urgência, onde temos leitos de retaguarda para atender nossos pacientes que estão em crime psiquiátrica, mas também fortalecer a necessidade que, junto com a atenção primária do município, de fazer promoção em saúde mental, que é na verdade a maior mensagem que saímos desse processo”, seguiu Jandinir.
E completou: “Quando conseguirmos construir uma oferta de saúde mental e não discutir como tratar somente o transtorno, teremos uma sociedade organizada de forma diferente, garantindo os princípios do SUS, da integralidade, da universalidade, e aí estaremos fazendo um dever de casa bacana”.
Palestrante no simpósio, a professora de psicopatologia na Unime, Luciene Figueiredo, reforçou o quanto o atendimento para esse público alvo precisa ser humanizado. “Precisamos nos conscientizar primeiro sobre o território, o que é a experiência de ser sujeito no território. Quando a gente olha para uma pessoa que é caracterizada com algum transtorno mental, isso já inviabiliza o contato. Então, precisamos pensar na segurança da pessoa no território. Com certeza, as pessoas saíram daqui mais humanizadas, entendendo que o transtorno mental não é um rótulo. A pessoa vai precisar de tratamento, mas é uma pessoa. Nesse caso, ela merece, igualitariamente, ter o nosso respeito e nossa atenção”, disse a docente.
Atentas ao assunto tratado, as alunas Raína Silva, 19 anos, e Ingrid Pereira, de 22, falaram da visão delas sobre o assunto tratado enquanto estudantes. Ambas estão no quinto semestre de psicologia na instituição. “O Simpósio é muito importante nesse período de graduação, onde buscamos uma área de atuação. É um tema importante de ser abordado. Tenho curiosidade a respeito. Foi bacana essa iniciativa”, declarou Raína. “Tenho que dar os parabéns à organização do evento. Como aluna, vejo como importante e não só para minha formação, mas também como sociedade. É uma ampliação, que é trazer um pouco da visão profissional para nosso campo e para a sociedade. Essa iniciativa de pontuar e trazer o outro lado, além de tantos outros motivos. Espero que tenhamos tantos próximos simpósios”, endossou Ingrid.
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