O trabalho realizado por crianças e adolescentes abaixo da idade mínima permitida é proibido e, com a proximidade do verão, a Prefeitura de Lauro de Freitas, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania (SEMDESC), deu início nesta sexta-feira (27) a ação “Minha Praia é brincar”, que realiza o mapeamento do trabalho infantil na Praia de Buraquinho.
A iniciativa conjunta, envolve o Departamento de Assistência à Criança e Adolescente (DACA), o Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS), o Departamento de Proteção Social Especializada (DPSE), o Departamento de Proteção Social Básica (DPSB), CREAS e CRAS Portão.
Essa é a terceira edição da atividade, que também aconteceu nos anos de 2021 e 2022. O coordenador do DACA, Alfredo Pacheco, destacou o trabalho feito pela SEMDESC, que deve seguir até janeiro. “Ação refere-se a uma das dimensões da política de mapeamento do trabalho infantil no município. No período da primavera-verão, realizamos essa ação nas praias por ser um lugar de grande incidência de trabalho infantil. A ideia esse ano é manter a ação até janeiro, com a participação dos órgão ligados e parceiros”, explicou.
Pacheco disse ainda que “o objetivo é manter o município monitorado. Conseguimos catalogar dados e realizamos encaminhamentos para o CREAS, onde as famílias são orientadas ou são ofertados cursos de capacitação para essas crianças. A ideia do programa é trazer a consciência que a praia é um lugar de interação da criança e não elas estarem empenhadas em realizar atividades laborais”.
Para a coordenadora do SEAS, Jocenita Carvalho, o objetivo da ação é conscientizar pais e responsáveis no sentido de orientar como proceder. “Nós pretendemos com essa ação conscientizar os pais e responsáveis em relação ao trabalho infantil. Mesmo que alegue que estão ajudando, é preciso manter a criança na escola. Então, juntamos os órgão para realizar essa ação conjunta nas praias do município, para combater o trabalho infantil”, contou.
Responsável por uma das barracas, o Tiago Santos, de 28 anos, entendeu e elogiou a ação da Prefeitura, mas rechaçou em alguns pontos. “É de fato muito importante. Não concordo com crianças de 6, 7 anos trabalhando embaixo de um quente e descalça. Lugar de criança é na escola. Mas, existem aqueles adolescentes de 12, 13 anos que podem ajudar os pais, até porque no muito em que vivemos hoje, é até melhor que esses adolescentes estejam perto, porque aí conseguimos monitorar. O que importa é fiscalizar e a Prefeitura faz corretamente”, ponderou.
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