Os médicos da atenção básica da capital paulista suspenderam a greve marcada para hoje (19). A decisão foi tomada em assembleia ontem (18) após a Justiça de São Paulo conceder uma liminar, suspendendo a paralisação, sob pena de multa diária de R$ 600 mil em caso de descumprimento da decisão.
A categoria manteve, entretanto, estado de mobilização permanente. Os médicos que trabalham em unidades básicas de saúde reivindicam a contratação de mais profissionais e o pagamento de horas extras. O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) diz ainda que em diversas unidades há falta de medicamentos para atendimento da população.
Reivindicações atendidas
A avaliação do Simesp é que a mobilização da categoria tem obtido resultados, apesar da decisão judicial contrária a paralisação. A entidade comemorou o anúncio da prefeitura de que serão pagas todas as horas extras acumuladas até o último dia 31 de dezembro no banco de horas da categoria, assim como a contratação de mais 700 profissionais de saúde para a rede municipal.
Além disso, a prefeitura disse por nota, que na negociação realizada ontem com o sindicato, informou que todas as horas extras serão pagas dentro da folha do mês em que foram feitos os plantões. Segundo o comunicado, as organizações sociais que administram equipamentos de saúde estão autorizadas a comprar medicamentos e insumos de forma emergencial caso a Secretaria Municipal de Saúde tenha dificuldades para manter o fornecimento.
A prefeitura também estabeleceu um plano de contingência que, a partir do próximo sábado (22), vai concentrar o maior número de profissionais nas unidades básicas de saúde com maior demanda. Nos hospitais municipais, foram reservados 1,1 mil leitos exclusivos para tratamento de pessoas com covid-19.
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