Na Quadra da Escola Dois de Julho, na Itinga, todas as atenções estavam voltadas à dona de casa Gilda Oliveira, 45, que superou o medo de agulha e tomou coragem para receber a 1ª dose da vacina contra a Covid-19. Tremendo e chorando, ela contou que sentia pavor, mas foi encorajada pela amiga, a também dona de casa Jaci Rodrigues, de 50 anos, a receber a dose do imunizante.
“Não doeu tanto. Se eu soubesse teria vindo antes. Gostaria de parabenizar a profissional de saúde que me atendeu. Ela foi super atenciosa e teve paciência comigo. Isso me ajudou a superar meu medo”, disse, emocionada.
Jaci Rodrigues tomou a 3ª dose da vacina. Ela parabenizou a amiga pela coragem e deixou uma mensagem para outras pessoas, que assim como Gilda, ainda não foram se vacinar por medo de agulha. “Não tenham medo, é só uma picadinha que passa logo, o pior é a Covid”, disse.
O apoio da equipe de vacinação e da amiga ajudaram Gilda a superar o medo, que é mais comum do que se imagina. Um contingente significativo de pessoas que ainda não foram tomar a primeira dose da vacina contra Covid 19 têm fobia de agulha, apontam psicólogos. O medo pode ser patológico e tem até nome: aicmofobia.
Nesta sexta-feira (14), Lauro de Freitas disponibilizou doses da Pfizer para a aplicação de 1ª, 2ª e 3ª doses para diversos públicos. Com movimento tranquilo e sem aglomeração, idosos, adolescentes, gestantes e puérperas aguardavam sentadas a sua vez.
Com o pequeno Uedson Valentim, de um mês e meio, nos braços, a dona de casa Elisângela Santos, de 37 anos, também tomou a 3ª dose da vacina. “A gente tem que vir. Só essa vacina pode melhorar a nossa situação. Não tem outra saída. Mesmo se tiver quatro, cinco doses, eu estarei aqui”, contou.
O município já acumula mais de 173 mil pessoas vacinadas com a 1ª, mais de 140 pessoas com a 2ª dose e cerca de 45.300 com a 3ª, segundo relatório disponibilizado pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesa), nesta sexta-feira.
Jornalista: Aina Soledad
Foto: Lucas Lins
Comentários