No ano do bicentenário da Independência do Brasil na Bahia, mais de 100 estudantes da rede municipal de ensino de Lauro de Freitas marcaram presença nas comemorações oficiais do 2 Julho em Salvador. Na manhã deste domingo (2), a Filarmônica do Centro Educacional Olavina Calazans e a Fanfarra da Escola Edvaldo Boaventura desfilaram no cortejo organizado pela Fundação Gregório de Mattos.
Os estudantes que fazem parte da filarmônica e da fanfarra fizeram o desfile cívico da saída em frente ao IFBA no bairro do Barbalho até o Largo Terreiro de Jesus. Essas agremiações também se apresentaram em Lauro de Freitas, nesta última sexta-feira (30), quando de forma inédita na história o município recebeu a passagem do fogo simbólico do 2 de Julho.
Para Eriosvaldo Menezes, diretor do Departamento de Inclusão e Diversidade da Secretaria de Educação (SEMED) e membro da Comissão Recôncavo Norte dos Festejos do 2 Julho, a experiência dos estudantes nos desfiles ficará na memória. “Participar das comemorações dos 200 anos de Independência do Brasil na Bahia, tanto no próprio município, como na capital, faz parte de um registro que vai ficar para a vida toda”, ressaltou.
Lauro de Freitas e o 2 de Julho
Pela primeira vez Lauro de Freitas participou das celebrações oficiais do 2 de Julho. A inclusão do município junto a outros do Recôncavo Norte (Camaçari, Mata de São João e Dias D’Ávila), no ano do bicentenário da Independência do Brasil na Bahia, foi possível graças a uma revisão histórica solicitada por um consórcio entre as quatro cidades, a partir de um estudo do historiador camaçariense Diego Copque.
Com a reparação histórica uma nova rota da passagem do fogo simbólico do 2 de Julho foi criada. Na rota Norte, a tocha saiu de Mata de São João, passou por Dias D’Ávlia, Camaçari e Lauro de Freitas. Depois foi levada até Simões Filho, para se unir a chama Leste que saiu da cidade de Cachoeira, para assim serem direcionadas até Pirajá, em Salvador, como um único fogo simbólico.
A participação de Lauro de Freitas na luta pela independência se deu quando o município ainda era a antiga freguesia de Santo Amaro do Ipitanga. O lugar serviu de abrigo para as tropas brasileiras durante as lutas contra o exército Português. Além disso, na Freguesia existiram 13 engenhos de cana-de-açúcar, dentre os quais, o engenho do Caji se tornou refúgio do general Pedro Labatut com suas tropas da brigada de esquerda.
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